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Teresina - Piauí

Justiça torna réus advogados e mais 17 alvos de operação do Gaeco no Piauí

A decisão foi assinada no último dia 29 de maio, pelo juiz de Direito Almir Abib Tajra Filho.

A Justiça recebeu denúncia contra os advogados David Pereira de Sá, Aliomar Maranhão Rego Rocha Silva e Juliana Lino Santos, além de outras 17 pessoas, alvos da Operação Fragmentado, acusadas de envolvimento em um esquema criminoso de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro liderado por Vagner da Silva Carvalho.

Além dos citados, a Justiça tornou réus Vitória Oliveira Marinho, namorada de Vagner Carvalho; Deive da Silva Lobato, irmão de Vagner; Rafael Mota da Silva; Jeiferson de Oliveira Araújo; Jonas Borges Pereira Filho; Nathan Henrique Ferreira de Freitas Silva; Carlos Alberto Reis Freire; Eduardo Ferreira da Silva; Francisco Walderlânio Ferreira da Costa; Vinicius Nonato de Oliveira; Vitor Manuel de França Melo; Lázaro Jackson Silva; Natanael Henrique Ferreira Freitas Silva; Lucas do Nascimento Veloso; Ronaldo Barbosa Silva Filho; e Antônia Linhares Veras.

Foto: Reprodução/Instagram e FacebookDavid Pereira de Sá, Juliana Lino e Aliomar Maranhão
David Pereira de Sá, Juliana Lino e Aliomar Maranhão

A decisão foi assinada no último dia 29 de maio de 2025, pelo juiz de Direito da Vara de delitos de Tráfico de Drogas, Almir Abib Tajra Filho.

Conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público, em 14 de novembro de 2024, o grupo criminoso atuava de forma segmentada em quatro núcleos distintos: parte na execução do tráfico de drogas e associação para o tráfico; outro para a lavagem e ocultação de dinheiro; comércio ilegal de armas e de falsidade documental.

Foto: ReproduçãoVagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho
Vagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho

Tráfico de drogas

Segundo a denúncia, atuavam nesse núcleo os seguintes denunciados: Vagner Carvalho, Rafael Mota, Vitória Marinho, Jeiferson Araújo, David Pereira de Sá, Jonas Borges, Nathan Henrique Ferreira, Carlos Alberto Reis, Eduardo Ferreira, Francisco Walderlânio Ferreira, Vinicius Nonato, Natanael Henrique Ferreira, Lucas Veloso e Ronaldo Barbosa Silva Filho.

De acordo com o Ministério Público, essas pessoas atuavam como “traficantes locais”, distribuindo as drogas sob orientação de Vagner Carvalho.

Lavagem e ocultação de dinheiro

Esse núcleo, conforme a ação penal, era constituído por Vagner Carvalho, Rafael Mota, Vitória Marinho, Deive Lobato, Antônia Linhares, Vitor Manuel e os advogados David Pereira e Aliomar Maranhão.

A denúncia destaca a atuação de Vitória Marinho, namorada de Vagner, que, somente em 2023, movimentou mais de R$ 179 mil. “Importante ressaltar que Vitória Oliveira Marinho nunca declarou imposto de renda, mas, apenas no ano de 2023, movimentou a quantia de R$ 179.964,38 (cento e setenta e nove mil, novecentos e sessenta e quatro reais e trinta e oito centavos), sendo este valor totalmente incompatível com a sua realidade, uma vez que esta é apenas estudante de Psicologia e sequer tem emprego formal”, consta na ação. O Ministério Público estima que o grupo movimentou mais de R$ 1 milhão.

Comércio ilegal de armas

Atuavam nesse núcleo os denunciados Vagner Carvalho, Rafael Mota, Jonas Borges, Francisco Walderlânio, Lucas Veloso, Lázaro Jackson Silva e Natanael Henrique. “Vagner da Silva Carvalho, além de atuar como fornecedor de drogas, dissimular a origem do dinheiro ilícito oriundo das vendas de drogas e armas, usar identidades falsas, o acusado também incorre no crime de comércio ilegal de armas de fogo”, diz outro trecho da denúncia.

Ainda conforme o órgão ministerial, Vagner tinha como principais negociadores os acusados: Lázaro Jackson, Jonas Borges e Lucas Veloso.

Falsidade documental

Por fim, esse núcleo era formado pelo casal Vagner Carvalho e Vitória Marinho e pelos advogados David Pereira, Aliomar Maranhão e Juliana Lino Santos. David Pereira, segundo o Ministério Público, atuava como “leva e traz” de Vagner, que está preso. Conforme a denúncia, ele e Aliomar Maranhão foram os responsáveis por intermediar o acordo com Juliana Santos para que esta cedesse sua carteira da OAB para que Vitória pudesse ingressar no presídio a fim de visitar o namorado, se ando por advogada.

Na decisão, o magistrado identificou a presença das condições da ação penal constante da narração dos crimes tipificados pelo Ministério Público Estadual, e considerou juridicamente possível o pedido inaugural, mediante requisitos legais de issibilidade para o recebimento da denúncia em face dos réus.

O juiz definiu ainda audiência de instrução criminal a qual será fracionada e realizada nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2025, pontualmente às 9h, a ser realizada de forma mista, presencialmente e por videoconferência, considerando que existem réus e testemunhas que residem fora da Comarca de Teresina.

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