Carolina Matta
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento no inquérito sobre a fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do país. Ainda nesta quinta-feira (05), Bolsonaro também vai depor na corporação sobre a investigação sobre o financiamento de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos junto ao Governo Trump.
A parlamentar e aliada do ex-presidente teve a prisão preventiva decretada nessa quarta-feira (04) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na mesma decisão, o magistrado colocou o nome de Zambelli na lista da difusão vermelha da Interpol.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento em ataques cibernéticos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela pediu licença do mandato de deputada federal e viajou para os EUA.
A oitiva do ex-presidente em relação a atuação do filho foi marcada anteriormente. Conforme apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o deputado federal licenciado é acusado de articular sanções internacionais contra autoridades brasileiras, entre elas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a própria PGR e PF. Essas medidas seriam empregadas por meio da Lei Magnitsky.
Essa lei prevê punições e bloqueio de bens e contas nos EUA e a proibição de entrada em território norte-americano. Ela considera violações graves atos como execuções extrajudiciais, tortura, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias.
Nesse caso, Bolsonaro terá de responder “a respeito dos fatos, dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”.
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